O tema da Gestão do Manejo das Pastagens é mais crucial do que nunca. Estamos em um momento decisivo, na transição da estação seca para as águas – ou seja, a primavera – quando a natureza oferece a maior oportunidade para a produção.
Afinal, na pecuária brasileira, a base é a forragem. Entre 70% e 85% dos bois abatidos no Brasil vêm do pasto. No entanto, temos visto um paradoxo preocupante: muitas operações estão intensificando, aumentando as arrobas por hectare, mas ainda assim trabalham com margens muito estreitas ou, pior, sem resultado financeiro positivo na atividade.
A questão central não é apenas aumentar a produtividade, mas sim aumentar a produtividade com lucratividade. E para isso, a fundação deve ser o manejo eficiente da pastagem.
- O Recurso Básico: Eficiência Antes da Intensificação
O grande desafio é que produtores frequentemente buscam tecnologias avançadas (como suplementação, adubação ou irrigação) sem antes dominar o manejo básico.
O aumento de produtividade gerado pela adubação ou ração é certo, mas ele pode “comer o seu resultado” se você não estiver usando bem o recurso pasto. Ter eficiência no uso das pastagens é a condição básica para buscar qualquer resultado econômico duradouro.
A intensificação deve ser vista como uma forma de usar melhor o recurso disponível – por exemplo, saindo de um pastejo contínuo para um rotacionado ou desponte/repasse. Essas são estratégias que aumentam a taxa de lotação e o desempenho, promovendo um melhor aproveitamento do seu recurso.
Tecnologias de alto custo são ferramentas que complementam quem já está fazendo um bom trabalho de pasto; elas não devem ser um substituto para a falta de manejo.
- O Desafio da Medição: Quantas Cabeças Cabem?
Uma das maiores dificuldades para quem lida com o manejo é responder à pergunta: “Quantas cabeças cabem na minha fazenda?”.
Tradicionalmente, a avaliação da massa de forragem era feita por estimativa visual, montado a cavalo ou na caminhonete. O problema dessa metodologia é que ela é desuniforme, ou seja, diferentes pessoas terão estimativas diferentes.
O conceito mais moderno e preciso para calcular a taxa de lotação é baseado na oferta de forragem: quantos quilos de capim (matéria seca) estou oferecendo para cada 100 kg de peso vivo do animal.
A Gestão 4.0: Imagem de Satélite e Indicadores
Para sair das estimativas e entrar na gestão de fato, a tecnologia é fundamental. O uso de imagens de satélite permite:
- Medir a Massa de Forragem: O satélite fornece um número em toneladas de matéria seca e toneladas de folha, pasto por pasto, em toda a área da fazenda.
- Gerar Indicadores: A partir da medição do capim e do cadastro do peso dos animais (com suas curvas de crescimento), a plataforma calcula a taxa de lotação e o consumo até a próxima medição.
- Tomada de Decisão à Distância: O gestor pode nortear o manejo da pastagem, apoiar a equipe e tomar decisões (como remanejar lotes em caso de problemas como ataque de cigarrinha) sem precisar estar diariamente na fazenda.
Ao trabalhar com esses indicadores, a fazenda deixa de ficar “perdida no meio do manejo” e passa a saber se o resultado está dentro ou fora do planejado.
APRENDA A FAZER A GESTÃO NA PRÁTICA: NOVO CURSO DE MANEJO DE PASTAGENS
Reconhecendo a importância de capacitar produtores e gestores a usarem esses conceitos e ferramentas, a Agro Mais Ação está relançando o curso de Gestão do Manejo de Pastagens.
Este é um curso repaginado e focado na aplicação prática do dia a dia da fazenda, ideal para produtores, gestores, manejadores de pasto e técnicos.
O que você verá no curso:
- Processos de Gestão: Como fazer um plano de produção em pastagens, implementá-lo e mensurar os resultados.
- Indicadores de Resultado: Quais indicadores devem ser gerenciados e como controlar o impacto de cada número no sistema produtivo.
- Metodologia de Medição: Como usar tecnologias como imagens de satélite (e também metodologias tradicionais, como medição de altura de forragem) para tomar decisões de manejo.
- Interação e Troca: O curso será interativo, com sessões ao vivo (a serem realizadas nas quartas-feiras à noite, começando no final de outubro), permitindo a troca de experiências e a discussão de casos de sucesso entre os participantes.
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O valor regular do curso de Gestão do Manejo de Pastagens é de R$ 599.
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