Escrito por:
Marcus Prado
Consultor Exagro
Olá, pessoal! Vamos iniciar uma série de postagens onde iremos apresentar 8 alternativas, de diferentes níveis tecnológicos, que podem ser adotadas para ajustar a taxa de lotação no manejo das pastagens.
Quais são os pontos de atenção que precisamos analisar antes de escolher a tecnologia utilizada no sistema de pastejo dentro da fazenda?
Sabemos que grande parte da pecuária bovina brasileira é realizada somente com animais a pasto. No geral, essas pastagens têm baixo suporte por estarem em algum nível de degradação, o que não permite o aumento do número de animais na área. Além disso, dentro de uma mesma fazenda, existem áreas onde está sobrando ou faltando capim.
Vem crescendo o número de fazendas que adotam tecnologia relacionada ao pastejo, visando recuperar áreas e aumentar sua produtividade. São recursos como vedação, ajuste do manejo, combate a pragas, correção de solo, adubação e até irrigação. Todas essas tecnologias demandam ajuste na taxa de lotação e vamos apresentar algumas alternativas para auxiliar neste ajuste fino entre taxa e suporte.
Alternativa 1: Ajuste dos sistemas de pastejo
Os três principais sistemas de pastejo adotados no Brasil são o pastejo contínuo, o alternado e o rotacionado.
As diferenças entre eles consistem na maneira em que o gado será posicionado sobre as áreas de pastejo e como essas serão divididas. No pastejo contínuo, a área é constantemente pastejada por animais, sem um intervalo de descanso para rebrota. Normalmente, os pontos mais próximos à água e ao cocho de sal são superpastejados, enquanto as áreas mais distantes são subpastejadas, o que resulta em sobra de capim;
O pastejo alternado é um módulo de pastejo com duas áreas, o que permite uma área estar em descanso enquanto a outra está sendo pastejada. Portanto, uma área que seria suficiente para um lote de animais pastejar será dividida em 2, fazendo com o que o lote se alterne entre elas.
O pastejo rotacionado divide uma mesma área de pastejo em mais de 2. Enquanto uma está sendo pastejada, as demais descansarão e os animais vão sendo movimentados entre elas. A existência de um maior grupo de animais presente em uma área menor faz com que o capim seja rebaixado de uma forma mais homogênea, pois tem menos espaço para os animais pastejarem e selecionarem.
O pastejo rotacionado aumenta de 20 a 30% da capacidade de suporte, em quilos por hectare, da área de pastejo, somente baseando-se no fato de respeitar a altura de pastejo na entrada e na saída dos animais, de forma que o capim tenha folhas suficientes para realizar a fotossíntese e rebrotar enquanto descansa e que tenha folhas suficientes para os animais se alimentarem quando esses retornarem à área.
Em resumo, implantar o sistema rotacionado permite o aumento do suporte na área. Porém, como o primeiro passo, a implantação do sistema requer mais custos com estruturas, como cerca, cochos, água e pessoas capacitadas em manejo de pasto para realizarem o manejo do pastejo com os animais.
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