Desvendando o potencial da sua fazenda: Como a tecnologia revoluciona a definição da taxa de lotação da fazenda?

Você já se perguntou qual é a quantidade ideal de gado para a sua fazenda? Ou como determinar a taxa de lotação ao adquirir ou arrendar uma nova área? Essa é uma dúvida comum entre pecuaristas que buscam otimizar o uso de suas pastagens e aumentar a produtividade. Historicamente, a resposta para essa questão dependia de métodos tradicionais que, embora úteis, apresentavam desafios significativos.

Os Desafios do Método Tradicional

Por muito tempo, a prática usual para estimar a taxa de lotação envolvia uma avaliação visual da massa de forragem, observando o número de divisões, a área média dos piquetes e a uniformidade de pastejo, geralmente a cavalo ou de caminhonete. Com base na experiência, estimava-se uma taxa, que era então testada e ajustada ao longo do tempo.

No entanto, essa abordagem enfrentava dois grandes desafios:

  • Dependência da Experiência: Exigia um profissional com vasta experiência e um “olho calibrado”, o que significa ter cortado e pesado capim, e medido matéria seca por um bom tempo para refinar a estimativa visual.
  • Limitação da Área Avaliada: Ao realizar a avaliação visual, o profissional consegue estimar a massa de forragem apenas dentro de um ângulo de visão limitado (10, 15, ou 20 metros para cada lado). Isso significa que a maior parte da fazenda não é vista nem estimada, e a suposição é que a área não vista é semelhante à área avaliada – uma extrapolação que pode ser imprecisa.

Imagine tentar aplicar isso em fazendas de centenas ou milhares de hectares; a complexidade e a imprecisão aumentam exponencialmente.

A Revolução Tecnológica: O Diagnóstico do Potencial Produtivo da Fazenda

Para superar essas limitações, uma ferramenta inovadora foi desenvolvida para auxiliar enormemente na determinação da taxa de lotação e no planejamento do uso da fazenda: o Diagnóstico do Potencial Produtivo de uma Fazenda. Este relatório detalhado compila uma série de informações que contribuem para o entendimento do uso atual e dos potenciais de melhoria na exploração da fazenda.

O que é necessário para gerar este relatório? Para que o relatório seja gerado, são necessárias apenas duas informações iniciais:

  • Um mapa com as divisões da fazenda.
  • Um arquivo CAR ou KMZ para a localização geográfica da fazenda.

Com esses dados, o relatório é capaz de fornecer uma visão macro e detalhada da sua propriedade, como se você estivesse “olhando de helicóptero” para a fazenda inteira.

O Diagnóstico do Potencial Produtivo da Fazenda oferece uma análise multifacetada, dividida em etapas essenciais:

Análise da Cobertura do Solo:

◦Esta primeira etapa fornece uma visão macro da fazenda, identificando o percentual de áreas com capim, solo exposto e áreas com invasoras ou matas.

◦A imagem utiliza cores para facilitar a identificação: amarelo para áreas com capim, vermelho para pontos de solo exposto (menos capim, terra aparente) e verde para invasores ou matas.

◦Isso permite verificar pastos mais degradados ou com mais invasoras, direcionando ações de manejo como reforma, recuperação ou limpeza.

Análise da Massa de Forragem e Uniformidade de Pastejo:

◦Este segundo mapa do relatório utiliza diferenças de tonalidade para indicar a massa de forragem.

◦Seu objetivo é identificar áreas sub e superpastejadas, permitindo verificar se um lado do pasto está mais pastejado que o outro, o que pode indicar a necessidade de redivisão de áreas.

◦É possível ver a uniformidade do pastejo entre módulos ou entre pastos, ajudando a identificar a desuniformidade na concentração do capim.

◦Com essa informação, é possível orientar ações práticas de manejo e infraestrutura, como redistribuição de bebedouros para uniformizar o pastejo, ou ajuste da taxa de lotação em regiões onde o capim está mais alto ou mais rapado (ex: perto do curral).

Histórico da Massa de Forragem (12 Meses):

◦Como a mensuração é feita por satélite, o relatório consegue explorar uma escala de tempo maior, analisando a massa de forragem da fazenda durante os últimos 12 meses.

◦Este histórico é fundamental para validar a eficiência do uso do solo e o comportamento do crescimento da fazenda.

◦É possível identificar períodos de redução da massa de forragem (como em veranicos) e os momentos de chuva.

◦As barras verdes representam a massa de forragem em matéria seca (capim menos água), e as barras verdes escuras (mais baixas) representam a matéria seca de folha.

◦Com esses dados, é possível fazer simulações de uso do solo e planejar o manejo alimentar, ajustando a taxa de lotação e os momentos de compra e venda de animais.

Cenários de Taxa de Lotação e Potencial de Resultado Econômico:

◦O relatório simula dois cenários de uso da pastagem para a fazenda analisada. Para uma análise econômica e zootécnica ainda mais completa, é possível adicionar dados do histórico do rebanho, movimentação, estoque e dados financeiros da fazenda.

 

Cenário 1: Manejo Extensivo/Médio

▪Considera um manejo mais tradicional, com uma sobra de capim e sem intensificar o uso.

▪Exemplo: 2.500 hectares, suporte de 384 kg/UA média/ano, 0.9 UA/hectare, 1.2 cabeças/hectare, totalizando 2.570 cabeças.

▪Potencial de resultado de cerca de R$ 943.000 por ano (R$ 385 por hectare).

▪Produção de 6 arrobas por cabeça e 8.7 arrobas por hectare/ano.

Cenário 2: Introdução à Intensificação

▪Desafia mais a pastagem, trabalhando com uma oferta de forragem menor e aumentando a taxa de lotação e eficiência de uso.

▪Exemplo: 2.500 hectares, suporte de 642 kg/UA média/ano, 1.4 UA/hectare, 1.9 cabeças/hectare, totalizando 4.230 cabeças.

▪Potencial de resultado de cerca de R$ 3.700.000 por ano (R$ 1.519 por hectare).

▪Produção de 7.1 arrobas por cabeça e 12.5 arrobas por hectare/ano.

É importante ressaltar que atingir o Cenário 2 (intensificação) não é apenas uma questão de desejo. Ele exige processos de gestão bem estabelecidos, como boa apartação de gado, planejamento de compras e vendas, histórico de dados de desempenho, dieta ajustada e dimensionamento adequado de espaço de cocho para suplementos.

Por Que o Resultado Econômico Dispara?

Apesar de a produção de arrobas por cabeça e por hectare ter um aumento percentual significativo, mas não tão drástico (18-25% em um exemplo), o resultado financeiro em reais por hectare pode ter um aumento de mais de 200%. Isso acontece porque os custos fixos da fazenda já estão pagos – despesas com mão de obra, impostos, manutenção – independentemente de a fazenda estar produzindo pouco ou muito.

Assim, qualquer produção adicional se traduz em um aumento muito maior nos resultados líquidos. Essa é a “maravilha” do processo de melhoria de desempenho, que ressalta a importância fundamental de medir e monitorar indicadores zootécnicos e agronômicos. Melhorar o aproveitamento da forragem e aumentar a lotação são chaves para o sucesso econômico-financeiro da atividade.

Uma vez gerado, o relatório não é apenas um diagnóstico; ele se torna um parâmetro valioso para o pecuarista. Ao comparar os resultados simulados com os seus próprios resultados atuais (custo por cabeça/ano, produtividade, capacidade de suporte), você pode identificar onde atuar para atingir resultados superiores.

Se você tem interesse em gerar um relatório como este para sua fazenda ou para uma área de interesse, o contato para solicitar o material e saber como proceder está disponível na descrição do vídeo original. Contato: +55 (31) 98456-2607

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