A produção das pastagens tropicais no Brasil acontece de forma sazonal. No período das águas, por características como luz, temperatura e chuvas, há uma concentração de 75 – 90% da produção forrageira anual. Isso faz com que produtores que utilizam as pastagens como principal recurso na alimentação dos animais tenham que realizar um planejamento alimentar eficiente. Para isso, é necessário traçar estratégias que permitam a adequação entre a demanda dos animais e a forragem produzida.
Veja na figura abaixo, um caso real de uma fazenda, localizada próxima a Sete Lagoas em MG, aonde 75% da produção forrageira é concentrada dos meses de outubro até abril.
Devido a esta distribuição, que é comum na maior parte do país, os produtores que utilizam as pastagens como principal recurso na alimentação dos animais, devem realizar um planejamento alimentar muito eficiente, traçando estratégias que permitam a adequação da
quantidade animais na fazenda para a forragem produzida.
Você sabe o que é o planejamento alimentar?
Para realizar o planejamento alimentar é importante que se tenha conhecimento tanto das áreas quanto dos tipos de capim presentes na propriedade. Além disso, entender sua sazonalidade de produção e respeitar os diferentes hábitos de crescimento, como nas Braquiárias, com sua produção menos concentrada durante o ano, e crescimento prostrado, ou nos capins Mombaça e Andropogon, com suas produções mais concentradas no período chuvoso, e hábito de crescimento mais ereto, ou cespitoso, evitam possíveis erros no manejo da pastagem.
Além das características que diferem entre as espécies forrageiras, ainda existem características intrínsecas a cada propriedade que influenciam no potencial de produção da pastagem, em função do solo, dos índices de chuva local, altitude, dentre outros.
No caso, o planejamento alimentar é conhecer a demanda de consumo dos seus animais e conhecer a produção de forragem de sua fazenda. Por meio desse pêndulo de produção de forragem x consumo de forragem, o produtor tem a capacidade de adequar a lotação da fazenda conforme a produção da mesma, até mesmo saber em que momento do ano deve fazer um complemento suplementar de volumoso ou concentrado para adequar ao consumo do seu rebanho., ou saber o momento de compra e venda de animais para adequar o pastejo.
Na prática atual de muitas fazendas, é visível situações como o “sub-pastejo”, ou seja, poucos animais consumindo forragem e sobra de capim nos pastos, levando que o capim passe do ponto ideal de consumo e perca qualidade. Ou o “super-pastejo”, em que uma lotação muito alta prejudica a condição das pastagens por ter mais animais ingerindo forragem do que o pasto consegue produzir.
Veja as imagens abaixo:
É importante lembrar que a inadequação entre a capacidade de suporte e a carga animal da propriedade leva a situações que podem comprometer o retorno financeiro, pela baixa produção de arrobas e até do patrimônio da fazenda, considerando a degradação das pastagens e até do solo, pelo excesso de consumo de forragem.
Como está o manejo das suas pastagens?
Com qual figura ele se aproxima mais?
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Escrito por:
Larissa Corbal e Antônio Salles
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